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Remoção de cartazes de crianças vítimas de balas perdidas no Rio
A remoção dos cartazes com imagens de crianças vítimas de balas perdidas, expostos pela ONG Rio de Paz na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, gerou grande repercussão. No último domingo (29), o prefeito Eduardo Paes confirmou que a retirada foi feita pela própria Prefeitura, o que causou indignação entre os organizadores.
A ONG expôs 49 imagens de crianças como uma forma de protesto contra a violência. Entre as vítimas, estava Diego Vieira Fontes, de 4 anos, morto em Paty do Alferes. Apesar da intenção nobre, a prefeitura argumentou que a instalação não foi autorizada.
A polêmica sobre o espaço público
Segundo Paes, o uso de espaços públicos para homenagens ou protestos precisa ser previamente autorizado. Ele declarou que, mesmo compreendendo a importância do memorial, não é permitido que qualquer grupo instale materiais em locais públicos sem consulta.
Além disso, o prefeito mencionou a possibilidade de reavaliar a homenagem existente para policiais militares mortos, já que também ocupa espaço público e carece de revisão legal.
“Não dá para cada organização decidir onde e como instalar suas homenagens. É necessário um diálogo prévio com a Prefeitura.” — Eduardo Paes
Impacto social e reação da ONG
A ONG Rio de Paz manifestou sua indignação nas redes sociais, reforçando que o memorial busca conscientizar a população sobre a violência crescente no estado. Representantes da ONG substituíram os cartazes por rosas no local.
O memorial, iniciado em 2015, já homenageou diversas vítimas e serve como símbolo de luta contra a violência. Contudo, a organização foi surpreendida pela remoção e espera discutir alternativas com a Prefeitura.
“A homenagem é um chamado à reflexão e um grito contra a violência que atinge nossos jovens.” — Representante da ONG Rio de Paz
O que esperar daqui para frente?
A Prefeitura do Rio sinalizou que está aberta ao diálogo. Segundo nota oficial, o município deseja prestar homenagens às vítimas, mas de forma planejada e autorizada. O caso reascendeu debates sobre a ocupação do espaço público e o papel de intervenções sociais.
Especialistas recomendam que iniciativas como essa sejam articuladas com as autoridades para garantir maior impacto e legitimidade. A sociedade civil também é chamada a participar desse diálogo.
- Diálogo aberto entre ONGs e a Prefeitura.
- Planejamento prévio de ações em locais públicos.
- Garantia de direitos para homenagens legítimas.