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Apreensão de Fuzis no Rio de Janeiro: Recorde Histórico em 2024

A apreensão de fuzis no Estado do Rio de Janeiro atingiu um marco histórico em 2024, com a Polícia Militar recolhendo um número recorde de 638 armas desse tipo, um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
Esse aumento reflete um esforço contínuo para combater a violência e o crime organizado, especialmente nas áreas mais afetadas. O número supera as apreensões realizadas por todas as forças de segurança em 2023, que somaram 610 armas, o que coloca a ação da PM como protagonista nesse combate.
Para entender melhor os efeitos dessa apreensão, vamos analisar o contexto e os impactos dessa mudança.
- 638 fuzis apreendidos em 2024, o maior número da história.
- Apreensões concentradas em 5 batalhões de polícia do Rio de Janeiro.
- Redução das mortes em confrontos pela polícia, mas ainda com altos índices de homicídios em algumas regiões.
Fuzis e a Guerra pelo Controle Territorial
Em 2024, a apreensão de fuzis mostra a crescente disputa entre facções criminosas pelo controle de territórios no Rio de Janeiro. De acordo com o sociólogo Ignacio Cano, o fuzil é uma arma simbólica de poder para grupos que dominam regiões, sendo usado para se proteger de invasões de outros criminosos.
Nas áreas onde houve mais apreensões, como no 41º BPM e 18º BPM, esse controle territorial é evidente. A presença desses armamentos contribui diretamente para o aumento da violência nas regiões, como é o caso da Zona Oeste, onde milícias disputam o espaço contra facções.
“O fuzil é a arma dos criminosos que dominam territórios. Eles utilizam para proteger seu espaço, algo que é muito comum nas áreas dominadas pelas milícias e facções do Rio de Janeiro.” – Ignacio Cano, sociólogo da Uerj.
Apesar do aumento nas apreensões, o uso de fuzis não é tão disseminado entre todos os grupos criminosos do país. Segundo Cano, em algumas cidades do Brasil, o crime organizado não possui esse tipo de armamento, uma vez que não há o controle territorial necessário.
A queda nas apreensões realizadas pelo BOPE também é um ponto interessante a ser analisado, já que esse batalhão não registra grandes variações no número de fuzis apreendidos, diferentemente de outros batalhões.
Quais Batalhões Mais Apreendem Fuzis?
A Polícia Militar tem se concentrado em áreas específicas, como as de maior violência e disputas territoriais. Os batalhões de maior destaque em 2024 incluem o 41º BPM (Irajá), 18º BPM (Jacarepaguá), e 15º BPM (Caxias).
Nessas áreas, a concentração de fuzis apreendidos e homicídios é mais alta, refletindo a grave situação de confronto entre criminosos e policiais. O aumento de apreensões pode ser interpretado como um sinal positivo no enfrentamento das organizações criminosas.
“O trabalho da Polícia Militar tem sido crucial para retirar essas armas das ruas e reduzir a circulação de fuzis entre as facções. No entanto, a guerra pelo controle de territórios continua.” – Coronel Marcelo de Menezes Nogueira.
Com o aumento das apreensões em 2024, o Estado do Rio de Janeiro deu um passo significativo no combate à criminalidade armada, mas ainda é um trabalho contínuo, que exige novos esforços para enfrentar os desafios impostos pelo crime organizado.
As ações da Polícia Militar têm contribuído para reduzir as mortes em confrontos, mas a presença de fuzis ainda é um indicativo de que a luta pelo controle territorial persiste.
Perguntas Frequentes sobre Apreensão de Fuzis no Rio de Janeiro
O que causou o aumento na apreensão de fuzis em 2024?
O aumento das apreensões é resultado do intenso trabalho das forças de segurança para combater o crime organizado e proteger as áreas mais afetadas pelas disputas territoriais entre facções e milícias.
Como as apreensões de fuzis afetam a segurança pública no Rio?
As apreensões contribuem para a redução do poder de fogo das facções criminosas, limitando sua capacidade de dominar territórios e diminuir a violência nas regiões mais afetadas.
Quais regiões registraram mais apreensões de fuzis?
Os batalhões de maior destaque nas apreensões de fuzis foram o 41º BPM (Irajá), 14º BPM (Bangu), 15º BPM (Caxias), 18º BPM (Jacarepaguá) e 20º BPM (Mesquita), com foco nas áreas de maior conflito.
Fonte: OGlobo