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Investigação do PCC revela banco do crime movimentando R$ 8 bilhões
Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizou um “banco do crime” para movimentar R$ 8 bilhões e financiar campanhas eleitorais. Essa investigação da Polícia Civil de São Paulo trouxe à tona uma rede complexa de operações financeiras.
O esquema, que inclui uma rede de 19 empresas, foi descoberto após uma prisão em 2023. As provas foram coletadas pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes.
Banco do crime: A base financeira do PCC
A investigação revelou que o banco virtual do crime era uma das principais ferramentas do PCC para movimentar grandes quantias de dinheiro. João Gabriel Yamawaki, apontado como o responsável pelo banco, foi preso durante a operação. A complexidade do esquema envolvia desde o financiamento de campanhas até a lavagem de dinheiro.
🔍 “Esse valor de R$ 8 bilhões é o valor dos bloqueios que pedimos na Justiça referentes à movimentação de todos os suspeitos investigados, dentre os presos e os que ainda estão soltos”, disse o delegado Fabrício Intelizano.
Movimentações financeiras e influência política
Além do banco do crime, o PCC usava outras empresas para lavar dinheiro e financiar candidatos políticos em diversas regiões do Brasil. Fabiana Lopes Manzini, esposa de um dos líderes do PCC, estava diretamente envolvida na coordenação dessas operações, utilizando o banco para remeter valores e influenciar eleições.
Em conversas reveladas pela polícia, João Gabriel e Fabiana discutem a necessidade de lançar candidatos nas eleições, com especial interesse em regiões como a Baixada Santista, Campinas, e Ribeirão Preto.
💬 “Fala ainda que tem interesse em lançar candidatos em cidades da Baixada Santista, Campinas e Ribeirão Preto”, menciona trecho do relatório policial.
Relação com o tráfico de drogas
As investigações apontam que parte dos valores movimentados pelo banco do crime foi destinada à compra de drogas no Paraguai, um importante corredor de escoamento para o Brasil. O controle dessa rota é fundamental para o poder do PCC no tráfico internacional.
O Paraguai é uma das principais vias de entrada de entorpecentes no Brasil, e o PCC utiliza sua influência política e financeira para manter o controle sobre essa rota estratégica.
🌍 “O titular da Dise acrescentou que o PCC usou algumas contas do ‘banco’ para ‘remeter valores para a compra de drogas no Paraguai’”, afirma o relatório da Polícia Civil.
Investigação segue em andamento
As autoridades continuam investigando a extensão das operações financeiras do PCC. Até o momento, seis membros da facção foram identificados como principais operadores do esquema, que envolve mais de 26 pessoas. A complexidade e a abrangência das atividades criminosas do PCC exigem uma resposta coordenada entre diversas forças policiais e órgãos judiciais.
O caso ilustra como o PCC conseguiu penetrar em diferentes camadas da sociedade, utilizando ferramentas modernas como bancos digitais para consolidar seu poder econômico e político.
FAQ: Perguntas Frequentes sobre o Esquema Financeiro do PCC
📖 Fonte: Metrópoles