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Blocos de Rua do Rio enfrentam desafios no Carnaval 2025
Com 685 blocos inscritos para o Carnaval 2025, os organizadores de blocos de rua no Rio de Janeiro criticam a gestão pública. Alegam que o estado e o município priorizam as escolas de samba, negligenciando a cultura de rua. Saiba mais sobre esse cenário.
Confira os principais desafios enfrentados pelos blocos:
- Recursos desiguais direcionados às escolas de samba.
- Prazo apertado para liberação de alvarás.
- Impactos econômicos subestimados pela gestão pública.
Prioridade às escolas de sambae não em blocos de rua
Segundo Rita Fernandes, líder de uma associação de blocos, os blocos de rua reúnem mais de 7 milhões de foliões, aquecendo a economia em 45 dias de eventos. Mesmo assim, a maior parte dos recursos beneficia as escolas de samba.
Essa situação gera frustração, pois os blocos também movimentam o turismo e o comércio local. Para muitos, a atenção limitada reflete uma falta de visão estratégica para o impacto econômico geral.
“Somos responsáveis por milhões nas ruas, mas somos negligenciados.” — Rita Fernandes
Alteração no prazo de liberação de alvarás
A mudança no prazo para liberação de alvarás é uma novidade em 2025. Com entrega prevista para 25 de janeiro, um mês antes do habitual, espera-se facilitar a organização. Porém, ainda há receios sobre o processo burocrático.
Além disso, os organizadores enfrentam dificuldades em adaptar-se a essa mudança de prazos, enquanto lidam com um crescente número de inscritos e a necessidade de planejamento.
“Mudanças são boas, mas precisam vir acompanhadas de apoio logístico.” — Líder de bloco
Impacto econômico e perspectivas futuras
Em 2024, 698 blocos se inscreveram, mas apenas 399 desfilaram, evidenciando desafios logísticos e econômicos. O setor pede maior reconhecimento pelo papel que desempenha na economia, além de um suporte equitativo às escolas de samba.
Apesar das dificuldades, os blocos permanecem otimistas, buscando soluções inovadoras e parcerias privadas para manter a tradição e expandir seu alcance para o público.
Fonte: O Globo