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Execução com Nitrogênio: O Caso de Demetrius Frazier no Alabama

Em 6 de fevereiro de 2025, o Alabama realizou a execução de Demetrius Frazier usando o método controverso de asfixia por nitrogênio. Essa forma de execução, que já foi criticada pela ONU, é considerada altamente controversa e vista como uma prática desumana por várias organizações internacionais.
Frazier, condenado por um assassinato brutal, é o quarto prisioneiro a ser executado por esse método no estado, gerando debate sobre a eficácia e a moralidade dessa técnica.
Nos Estados Unidos, a aplicação da pena de morte varia bastante, com o Alabama sendo um dos estados que mais utilizam métodos não convencionais de execução.
A utilização de gás nitrogênio é considerada uma nova forma de execução, sendo aplicada pela primeira vez no Alabama em 2024.
Como Funciona a Execução por Nitrogênio?
A execução por nitrogênio envolve a substituição do ar respirável por gás nitrogênio, causando a morte por asfixia. O condenado é colocado em uma maca com uma máscara de gás, e, após alguns minutos, perde a consciência.
A ONU classificou esse método como uma forma de tortura, considerando-o cruel e ineficaz.
Os prisioneiros executados por esse método frequentemente apresentam movimentos involuntários, o que tem gerado críticas sobre o sofrimento causado durante o processo. Frazier foi o mais recente caso de execução usando essa prática no Alabama.
“A ONU condena veementemente a execução por gás nitrogênio, considerando-a uma forma de tortura.” – Relatório da ONU
Controvérsias sobre a Pena de Morte nos EUA
A aplicação da pena de morte nos Estados Unidos ainda gera muitos debates. O uso de métodos como a asfixia por gás nitrogênio é uma tentativa de tornar as execuções mais “humanas”, mas, ao mesmo tempo, levanta questões sobre a eficácia e a ética da prática. Muitos advogados e defensores dos direitos humanos se opõem à pena de morte, considerando-a desumana.
Em 2025, o Alabama foi o único estado a utilizar o gás nitrogênio como método de execução. A governadora do estado, Kay Ivey, defendeu a ação como sendo uma questão de justiça para as vítimas, enquanto críticos afirmam que a morte por asfixia é um processo desumano.
“A justiça foi feita para Pauline Brown e seus entes queridos”, afirmou a governadora Kay Ivey.
O Caso de Demetrius Frazier
Demetrius Frazier foi condenado à pena de morte por um crime brutal cometido em 1991, quando invadiu o apartamento de Pauline Brown. Durante o ataque, Frazier estuprou e assassinou a vítima, depois retornando ao local do crime. Ele havia sido condenado também por outro assassinato em Michigan, e sua sentença foi transferida para o Alabama em 2011.
Frazier, em suas últimas palavras, expressou arrependimento pela morte de Pauline Brown e pediu desculpas à família da vítima. No entanto, ele também criticou a governadora de Michigan por não intervir no caso.
Perguntas frequentes sobre a execução por gás nitrogênio
O que é a execução por gás nitrogênio?
A execução por gás nitrogênio é um método de pena de morte que envolve a asfixia do condenado, substituindo o ar respirável por nitrogênio. Este método tem gerado muita polêmica e críticas internacionais.
Como o gás nitrogênio causa a morte?
O gás nitrogênio substitui o oxigênio no ar, fazendo com que o condenado perca a consciência e morra por asfixia. O processo geralmente leva alguns minutos e pode causar movimentos involuntários.
Quais países utilizam a execução por gás nitrogênio?
Atualmente, apenas o Alabama, nos Estados Unidos, utiliza o gás nitrogênio como método de execução. Este estado é o único a adotar essa prática, embora outros métodos, como a injeção letal, ainda sejam comuns em muitos estados americanos.