FISG, um exemplo de Conexão, Cultura e Inclusão Artística

FISG, um exemplo de Conexão, Cultura e Inclusão Artística

Por Marco Speziali

O ano de 2024 foi repleto de movimento e emoção para a Fundação de Incentivo à Sociedade Gonçalense (FISG). Com um trabalho consistente voltado à valorização da arte e da cultura, a instituição promoveu uma série de atividades presenciais e online que impactaram mais de seis mil pessoas.

Com sede em Santa Catarina, São Gonçalo, a FISG consolidou-se como um espaço de encontros e trocas artísticas, oferecendo aos artistas locais a visibilidade e o apoio necessários para que suas expressões culturais alcancem um público cada vez mais amplo.

O “Café com Arte” e o Poder da Conexão

Entre as ações de destaque, o projeto “Café com Arte” ganhou relevância ao proporcionar encontros culturais em um ambiente descontraído e acolhedor. Realizado em três ocasiões no espaço da FISG, o evento reuniu poetas, escritores, dançarinos, artistas circenses, artesãs, artistas com deficiência (PCD), contadores de histórias, entre outros.

Mais do que um simples evento, o “Café com Arte” tornou-se um espaço de partilha, aprendizado e integração. Segundo Babi Mendes, idealizadora do projeto, a ideia nasceu da necessidade de oferecer aos artistas locais um espaço não apenas para apresentações, mas também para confraternizações.

“Muitas vezes, a classe artística não encontra lugares para simplesmente trocar experiências. O ‘Café com Arte’ veio para suprir essa lacuna e promover a valorização do trabalho artístico em todas as suas formas”, afirma um dos representantes da FISG.

O último encontro do ano, uma confraternização dos artistas, foi marcado por emocionantes relatos de carreira e pela celebração do esforço coletivo na construção de um cenário cultural mais inclusivo e participativo.

Atividades Online: O Alcance das Redes

Descubra como a FISG, em São Gonçalo, promoveu arte, inclusão e cultura em 2024,
Descubra como a FISG, em São Gonçalo, promoveu arte, inclusão e cultura em 2024,

Além dos eventos presenciais, a FISG movimentou suas plataformas digitais ao longo de 2024. Entrevistas no Instagram com personalidades culturais, transmissões no YouTube e atividades no Facebook contribuíram para a divulgação de livros, saraus, peças teatrais e shows de diversos estilos.

As redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para aproximar os artistas de seus públicos, rompendo barreiras físicas e ampliando o alcance de suas vozes.

Um Olhar para o Futuro: Inclusão e Diversidade

O encerramento do ano promete ser especial com o primeiro Sarau Gospel, marcado para o dia 22 de dezembro. O evento reunirá artistas evangélicos, católicos e de outras religiões, celebrando a diversidade de crenças em uma noite de confraternização e respeito.

A proposta é reforçar a inclusão e o diálogo entre diferentes tradições religiosas por meio da arte, consolidando o papel da FISG como uma instituição que valoriza a diversidade cultural e social.

A Importância de Projetos Culturais para a Sociedade

Iniciativas como as realizadas pela FISG são fundamentais para a sociedade. A arte é um veículo de transformação social, capaz de unir pessoas, provocar reflexões e dar visibilidade a grupos historicamente marginalizados.

Autores renomados, como o sociólogo Pierre Bourdieu, destacam que a cultura desempenha um papel essencial na construção de uma identidade coletiva.

Segundo ele, “a cultura é uma forma de capital que, quando compartilhada, pode democratizar o acesso ao conhecimento e fortalecer laços sociais”.

Para a escritora e pesquisadora brasileira Lélia Gonzalez, projetos culturais inclusivos têm o poder de “reparar desigualdades históricas e criar oportunidades reais de participação e protagonismo para aqueles que historicamente foram excluídos”.

O Legado da FISG e os Desafios para 2025

O trabalho desenvolvido pela FISG em 2024 deixa um legado importante de valorização da cultura e do diálogo social. As ações presenciais e online mostram que, mesmo em cenários desafiadores, é possível criar iniciativas que conectem pessoas e promovam a inclusão.

Para 2025, o desafio será continuar ampliando horizontes e oferecendo aos artistas locais mais oportunidades de expressão e visibilidade.

Em um mundo cada vez mais globalizado, iniciativas como as da FISG nos lembram da importância de preservar e valorizar a cultura local, fortalecendo a identidade e promovendo a diversidade em todas as suas formas.

Afinal, como afirmou o poeta e dramaturgo Bertolt Brecht: “A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para moldá-lo”. E é isso que a FISG vem fazendo: moldando um mundo mais inclusivo, cultural e justo por meio da arte.

 

Por Marco Speziali

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