Gabriel Galípolo assume Banco Central com dólar acima de R$ 6

Gabriel Galípolo assume Banco Central com dólar acima de R$ 6

Gabriel Galípolo iniciou sua gestão no Banco Central em um cenário de desconfiança do mercado financeiro. No primeiro dia útil de 2025, o dólar já ultrapassava os R$ 6, evidenciando o desafio de conter a inflação e a disparada cambial. Segundo analistas, a tarefa principal será provar independência frente às pressões do governo federal.
Veja mais sobre as expectativas do mercado financeiro.

A escalada do dólar reflete preocupações como:

  • Sustentabilidade fiscal do Brasil;
  • Corte de gastos recém-aprovados;
  • Política monetária reativa para controlar a inflação.

Por que o mercado desconfia de Galípolo?

A indicação de Gabriel Galípolo trouxe incertezas, principalmente por sua proximidade com o governo. Durante o ano anterior, o dólar acumulou alta de 27% devido a intervenções cambiais que consumiram reservas internacionais. A preocupação agora é garantir estabilidade monetária.

Ainda em 2024, as projeções do IPCA mostraram inflação de até 5%, com a Selic próxima a 14,75%, um nível não registrado desde 2006. O desafio será equilibrar essas variáveis sem ceder à influência política.

“A maior percepção de risco gerou desancoragem das expectativas e forte depreciação cambial.” — Silvio Campos Neto

Ações esperadas do novo presidente do BC

Para conter os desafios, o Banco Central poderá priorizar:

  1. Reforço na política monetária independente;
  2. Transparência nas decisões econômicas;
  3. Redução gradual da taxa básica de juros sem comprometer o controle inflacionário.

Além disso, o foco deve estar na credibilidade das ações, essencial para recuperar a confiança de investidores e estabilizar o câmbio. A gestão eficaz pode evitar novas intervenções onerosas no mercado cambial.

“A política monetária deve buscar controle sem perder de vista os impactos na economia real.” — Tendências Consultoria

Impactos do dólar alto na economia

A alta do dólar afeta diretamente o custo de importações, elevando os preços de produtos básicos como combustíveis e alimentos. Além disso, empresas com dívidas em moeda estrangeira enfrentam dificuldades adicionais.

De acordo com especialistas, o Brasil precisa adotar medidas estruturais para estabilizar o câmbio, evitando oscilações excessivas que prejudiquem o consumo e os investimentos internos.



Fonte: Gazeta do Povo

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