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Retorno do Horário de Verão: Energia Solar e Clima Impactam Decisão
O retorno do horário de verão no Brasil está sendo avaliado após cinco anos de suspensão. Com o avanço significativo da energia solar e mudanças climáticas extremas, o cenário é mais favorável para a medida. Especialistas indicam que a redução no consumo de energia e o alívio na conta de luz podem justificar essa volta.
A expansão da energia solar no Brasil, que aumentou dez vezes nos últimos cinco anos, cria um novo panorama. Ao mesmo tempo, o alto custo da tarifa de energia e as consequências climáticas extremas têm pressionado o sistema elétrico, levando à reavaliação do horário de verão. Mas quais os impactos reais dessa mudança?
Expansão da Energia Solar no Brasil
Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado um crescimento acelerado na instalação de painéis solares. A potência instalada de energia solar saltou de 5 GW em 2019 para impressionantes 47 GW em 2024, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Isso representa quase 20% da matriz energética do país.
Esse aumento na capacidade solar traz uma vantagem: o aproveitamento de luz solar durante o horário de pico. Com o horário de verão, essa energia pode ser utilizada de forma mais eficiente, o que reduz a necessidade de acionamento das usinas térmicas, mais caras e poluentes.
Especialistas afirmam que a expansão da energia solar é um dos fatores decisivos para justificar o retorno do horário de verão, principalmente por seu impacto no consumo.
Impacto Climático e Econômico
Além do crescimento da energia solar, o cenário climático do Brasil tem se tornado mais extremo. Enfrentando a maior seca em 70 anos, o país depende cada vez mais de usinas térmicas, que são acionadas quando os reservatórios das hidrelétricas atingem níveis críticos. Esse uso resulta em contas de luz mais altas e maiores emissões de gases poluentes.
Com a retomada do horário de verão, o país poderia economizar cerca de R$ 356 milhões em combustível termoelétrico nos próximos meses, de acordo com estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Além de aliviar as contas de luz dos consumidores, essa economia reduziria o impacto ambiental das usinas térmicas.
Por que o Horário de Verão é Importante Agora?
Nos últimos cinco anos, as mudanças no setor energético e os desafios climáticos trouxeram novos argumentos para o retorno do horário de verão. O aumento significativo da energia solar e os eventos climáticos extremos aumentam a necessidade de otimização do sistema elétrico.
Com as tarifas de energia elevadas e a seca forçando o uso de usinas térmicas, a economia gerada pelo horário de verão pode ser crucial para milhões de brasileiros que sofrem com o alto custo da conta de luz. Cada centavo economizado faz diferença, especialmente em tempos de inflação e crise climática.
Luiz Eduardo Barata, ex-diretor do ONS, defende a retomada da medida, afirmando que “qualquer redução na conta de luz é importante para a população brasileira, especialmente para quem luta para equilibrar o orçamento doméstico”.
Dicas para Aproveitar o Horário de Verão
- Maximize o uso da luz solar, ajustando sua rotina para aproveitar o dia mais longo.
- Utilize aparelhos elétricos fora do horário de pico para economizar energia.
- Adote painéis solares para reduzir sua dependência da rede elétrica.
Como o Horário de Verão Funciona: Linha do Tempo
- 18h-21h: Maior consumo de energia devido ao uso de iluminação artificial.
- Durante o horário de verão: Aproveitamento da luz solar para reduzir o consumo no horário de pico.
- Economia estimada: Redução de milhões em combustível termoelétrico.
FAQ
O que motivou o retorno do horário de verão?
O crescimento da energia solar e a necessidade de reduzir custos de energia devido à crise climática e aumento das tarifas.
Quais são os benefícios econômicos do horário de verão?
Redução no uso de usinas térmicas, economia de combustível e alívio na conta de luz dos consumidores.
Como a energia solar influencia essa decisão?
A energia solar instalada no Brasil aumentou em dez vezes nos últimos cinco anos, tornando seu impacto no sistema elétrico mais relevante.