‘Fora Tarcísio’, protestos pedem fim da violência policial em São Paulo

‘Fora Tarcísio’, protestos pedem fim da violência policial em São Paulo

Movimentos negros e sociais protestaram na capital paulista exigindo o fim da violência policial, um problema que tem alarmado o estado. A marcha começou no Theatro Municipal e seguiu até a Secretaria da Segurança Pública. Leia mais sobre as ações sociais em SP.

A manifestação destacou recentes casos de abusos policiais e contou com a presença de vítimas e familiares de episódios trágicos. Entre as principais reivindicações estavam:

  • Investigação rigorosa de casos recentes de violência;
  • Reestruturação da Polícia Militar;
  • Desmilitarização da segurança pública.

Abusos policiais recentes em destaque

O protesto foi motivado por dois casos graves. O primeiro envolveu o soldado Luan Felipe, flagrado empurrando um entregador de uma ponte na zona sul da cidade. O segundo ocorreu no bairro Jardim Prudência, onde um PM atirou pelas costas em Gabriel Renan da Silva, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo.

Ambos os casos geraram forte comoção. Vídeos desmentiram as versões oficiais dos policiais envolvidos, reforçando a urgência por justiça e mudanças no comando da segurança pública em São Paulo.

“A desculpa do governo após os homicídios não vale nada. O que queremos é mudança estrutural na polícia.” – Eduardo Taddeo, rapper e tio de Gabriel Renan.

Os manifestantes também criticaram as declarações do secretário da Segurança, Guilherme Derrite, e do governador Tarcísio de Freitas, que minimizaram os casos como “fatos isolados”.

Impactos sociais e demandas dos movimentos

A violência policial não afeta apenas as vítimas diretas, mas deixa marcas profundas em comunidades inteiras. Familiares do Massacre de Paraisópolis, que completou cinco anos, relembraram as injustiças e exigiram ações concretas para punir os responsáveis.

As demandas incluem o fortalecimento de órgãos de fiscalização e a criação de políticas que priorizem a valorização da vida, especialmente nas periferias. Além disso, os manifestantes pedem a demissão imediata de Derrite e uma reestruturação da Polícia Militar.

“Sem punição, não há justiça. É preciso transformar as práticas policiais para salvar vidas.” – Maria Cristina Quirino, mãe de uma vítima do massacre de Paraisópolis.

Propostas para conter a violência policial

Movimentos sociais apresentaram propostas práticas, como:

  • Criação de um programa nacional de combate à violência policial;
  • Treinamento obrigatório para práticas de abordagem não letal;
  • Ampliação do acesso a serviços de ouvidoria nas periferias.

A marcha terminou pacificamente na Catedral da Sé, reforçando o compromisso dos manifestantes com mudanças estruturais.



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