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Pesquisa mostra rejeição aos atos golpistas no Brasil

A recente pesquisa Quaest revelou que 86% dos brasileiros reprovam as invasões às sedes dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro de 2023. Apesar de uma queda em relação aos 94% registrados no início do mesmo ano, a desaprovação permanece alta, evidenciando a resistência da democracia brasileira.

Os dados, coletados entre 4 e 9 de dezembro com 8.598 entrevistas, apontam uma margem de erro de 1 ponto percentual. Veja abaixo uma análise detalhada dos resultados:

Desaprovação geral: 86%
Reprovação entre eleitores de Bolsonaro: 85%
Reprovação entre eleitores de Lula: 88%

Índice:

Reprovação por região e faixa etária

Em todas as regiões do país, os índices de reprovação aos atos golpistas permanecem acima de 85%. No Nordeste, o índice alcança 87%, enquanto no Sudeste e Centro-Oeste/Norte é de 86%, e no Sul, 85%.

A pesquisa também mostrou que todas as faixas etárias mantêm reprovação superior a 84%, reforçando que o repúdio aos ataques transcende grupos específicos.

“A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira e a responsabilidade da elite política brasileira.” — Felipe Nunes, diretor da Quaest

Influência de Bolsonaro nos atos

Metade dos entrevistados acredita que Bolsonaro teve algum grau de influência nos atos golpistas. Em dezembro de 2023, esse número era de 47%, demonstrando um aumento na percepção sobre seu envolvimento.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 39% acreditam que ele não influenciou os atos, enquanto entre os eleitores de Lula, 88% apontam que ele teve participação significativa.

“A deflagração de documentos e evidências foi fundamental para a mudança na percepção pública sobre a tentativa de golpe de Estado.” — Felipe Nunes, diretor da Quaest

Evolução da percepção pública

A tendência de relativização da participação de Bolsonaro nos atos golpistas não se confirmou em 2024. Dados recentes indicam que 48% dos brasileiros acreditam que ele participou do plano de tentativa de golpe, contra 34% que discordam.

Esse aumento na percepção de envolvimento reflete o impacto das evidências divulgadas, incluindo documentos que sugerem planejamento estratégico.