PMs teriam recebido mais de R$ 170 mil de traficantes do Complexo de Israel

PMs teriam recebido mais de R$ 170 mil de traficantes do Complexo de Israel

Policiais militares no Rio de Janeiro teriam aceitado propinas que ultrapassam R$ 170 mil de traficantes do Complexo de Israel. A revelação, documentada em uma investigação recente, destaca o desafio da corrupção policial em áreas dominadas por facções criminosas. Além disso, a violência crescente na região aumenta o impacto sobre moradores e transeuntes.

Entenda a situação no Complexo de Israel

O Complexo de Israel é uma área com altos índices de violência, onde facções como o Terceiro Comando Puro (TCP), lideradas por Álvaro Malaquias, o Peixão, exercem grande influência. Em meio a confrontos intensos, três inocentes foram mortos durante uma operação policial recente na região, gerando repercussão e preocupação pública.

Investigações apontam que a quadrilha de Peixão realiza constantes ameaças e extorsões. Seus membros têm marcado presença com símbolos como a Estrela de Davi, visível em locais estratégicos das comunidades, simbolizando a dominância do grupo.

Na operação do dia 24, além da circulação de trens e ônibus, a Avenida Brasil foi totalmente interditada devido ao intenso confronto.

Influência de Peixão e seu grupo

Álvaro Malaquias, conhecido como Peixão, chefia o TCP e mantém seu domínio no Complexo de Israel. Adepto de símbolos religiosos, ele utiliza a Estrela de Davi para simbolizar seu poder, e autodenomina-se Arão, o profeta de Deus. Em algumas ocasiões, ele já impôs restrições a religiões de matriz africana em áreas que controla.

A quadrilha de Peixão, também conhecida como “Tropa do Arão”, lidera diversas atividades criminosas como tráfico de drogas, extorsão e roubo de cargas. A instalação de símbolos religiosos nos pontos mais altos das comunidades, como o caso da Cidade Alta, é uma de suas estratégias para afirmar poder sobre a região.

Operação recente e seus impactos

Durante a operação do dia 24, três inocentes foram mortos: Paulo Roberto Souza, motorista de aplicativo; Renato Oliveira, passageiro de um ônibus; e Geneilson Eustaque Ribeiro, motorista de caminhão. Esses eventos trágicos aumentam a pressão para o combate à corrupção policial e ao tráfico na região.

O confronto interrompeu serviços essenciais, como o transporte público, e elevou o nível de tensão no município. Segundo testemunhas, a interdição da Avenida Brasil e o bloqueio de outras vias causaram grande transtorno para os residentes.

A Polícia Militar declarou que investiga casos de corrupção entre seus membros e adota medidas disciplinares rigorosas contra os envolvidos.

Estratégias de atuação da polícia e corrupção

A Polícia Militar informou que, apesar das dificuldades, vem fortalecendo seus esforços para combater a corrupção interna. Segundo a Corregedoria Geral, investigações sobre o “arrego” estão em andamento e podem levar à exclusão de agentes envolvidos nas ações ilegais.

Para controlar a situação, as autoridades focam na identificação de cúmplices e nos vínculos financeiros dos policiais com traficantes. Além disso, processos disciplinares contra agentes com histórico de envolvimento em crimes são acompanhados de perto.

FAQ sobre propina e operações no Complexo de Israel


Pergunta: O que é o Complexo de Israel?

Resposta: É um conjunto de comunidades na Zona Norte do Rio, sob influência do TCP, liderado por Álvaro Malaquias, o Peixão.

Pergunta: Como a polícia combate a corrupção interna?

Resposta: A Polícia Militar utiliza investigações e processos disciplinares para punir agentes envolvidos em corrupção.

Pergunta: Qual o impacto das operações para os moradores?

Resposta: As operações podem provocar interdições, prejudicando o transporte e causando tensões entre moradores e policiais.


Fontes: O Dia


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