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Policiais militares do Rio usam câmeras corporais para controle de conduta
Desde 2022, os policiais militares do Rio são obrigados a utilizar câmeras corporais (COPs) durante operações, prisões e confrontos. O uso dessas tecnologias tem revelado tanto desvios de conduta quanto exemplos de heroísmo. As gravações, muitas vezes, são cruciais para elucidar crimes, embora nem sempre sejam entregues à Justiça. Saiba mais sobre como as COPs estão transformando a segurança pública no Rio.
- Investigações revelam desvio de conduta policial.
- Câmeras corporais ajudam na transparência e controle.
- A Justiça ainda enfrenta dificuldades no acesso às gravações.
O impacto das câmeras no combate ao crime
A presença das câmeras corporais tem gerado maior transparência nas operações policiais, sendo uma ferramenta indispensável na prestação de contas. Embora seja uma prática recente, a adoção desse sistema tem revelado abusos e ajudado na apuração de incidentes. Em muitos casos, as imagens são a principal prova nas investigações.
Porém, em 61% dos processos analisados, as gravações solicitadas não foram entregues, prejudicando a elucidação de crimes. A ausência das imagens ocorre por falha no uso correto do botão de salvamento ou pela não utilização do equipamento durante as ações.
“As câmeras corporais são um divisor de águas na segurança pública, promovendo mais transparência e segurança para os envolvidos.”
Casos de desvio e heroísmo capturados
Em uma recente operação na Zona Norte do Rio, a câmera de um policial gravou um momento crítico em que um suspeito, com as mãos levantadas, foi baleado. As imagens ajudaram a desmascarar a tentativa dos policiais de manipular a versão dos fatos, evidenciando a importância da gravação contínua.
Por outro lado, as câmeras também registram atos de bravura, como o caso do sargento Gabriel Leite Fernandes, baleado em Itaboraí ao tentar prender traficantes. O vídeo mostrou a dedicação dos colegas em salvar sua vida, mesmo sob intenso perigo.
“As COPs não apenas expõem erros, mas também destacam o compromisso dos policiais que atuam com integridade.”
A evolução do sistema de monitoramento
Em resposta às falhas, a Polícia Militar está implementando melhorias no sistema das COPs, incluindo a extensão do armazenamento das imagens de 60 para 90 dias. Além disso, será introduzido um monitoramento em tempo real, aumentando a supervisão sobre o uso correto das câmeras.
Essas mudanças visam fortalecer a confiança da população na corporação, demonstrando um compromisso contínuo com a ética e a transparência nas operações policiais.