Seca no Rio de Janeiro aumenta queimadas e ameaça recursos hídricos

Seca no Rio de Janeiro aumenta queimadas e ameaça recursos hídricos

A falta de chuva no Rio de Janeiro tem causado um crescimento alarmante das queimadas e colocado em risco o abastecimento de água em diversas regiões.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o número de cidades em estágio de seca moderada triplicou nos primeiros meses do ano.

Entre os impactos observados estão:

  • Queimadas frequentes em áreas verdes 🌳🔥
  • Redução nos níveis de reservatórios 💧
  • Racionamento de água em algumas regiões 🚰
  • Prejuízos à agropecuária e pastagens 🌾

Queimadas crescem 390% com a seca

O avanço da estiagem prolongada tem contribuído para um número recorde de incêndios. De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a março, os registros de queimadas aumentaram mais de 390% comparado ao mesmo período do ano passado. O calor intenso e a vegetação seca formam o cenário ideal para o alastramento das chamas.

Na última semana, um incêndio atingiu uma região de mata entre Vila Isabel e Engenho Novo, assustando moradores das comunidades próximas. O combate ao fogo exigiu mobilização intensiva dos bombeiros e voluntários para evitar que as chamas alcançassem áreas residenciais.

“O tempo seco favorece a propagação das queimadas e aumenta o risco de danos irreversíveis ao meio ambiente e à qualidade do ar” — Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

Reservatórios em baixa e risco de racionamento

A redução drástica das chuvas tem levado ao esvaziamento de reservatórios, afetando o abastecimento de água em várias regiões do estado. Em Mangaratiba, por exemplo, moradores já enfrentam racionamento, e a Cedae precisou organizar caminhões-pipa para suprir hospitais e unidades de saúde.

Petrópolis, tradicionalmente uma das cidades mais chuvosas do Rio de Janeiro, registrou em fevereiro apenas 63 mm de precipitação, enquanto no ano anterior esse volume foi de 224 mm. Essa queda drástica nos índices pluviométricos afeta diretamente a qualidade de vida da população e a economia local.

Impacto na agropecuária e produção de alimentos

O setor agropecuário tem sido um dos mais afetados pela estiagem extrema. No Norte e Noroeste do estado, a falta de chuva ameaça as plantações e a criação de gado. Pequenos produtores relatam perdas significativas, especialmente na pecuária leiteira.

Segundo Carlos Marconi, diretor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, se não houver chuvas significativas até o fim de março, a situação pode se agravar. Muitos produtores já sofrem com a perda de nascentes e pastagens.

“Em 2024, tivemos uma alta mortandade de gado no Noroeste Fluminense. Pequenos agricultores são os mais prejudicados pela seca intensa” — Carlos Marconi.

Como minimizar os efeitos da seca?

Medidas emergenciais podem ajudar a mitigar os danos causados pela falta de chuva. Algumas alternativas incluem:

  • Uso racional da água em residências e indústrias 💦
  • Reflorestamento de áreas afetadas 🌱
  • Monitoramento climático constante 📡
  • Campanhas educativas sobre preservação ambiental 📢

Previsão climática para os próximos meses

Embora algumas frentes frias estejam previstas para março, especialistas alertam que os efeitos no Rio de Janeiro podem ser limitados. O Climatempo informa que a chegada de sistemas meteorológicos pode trazer chuvas pontuais, mas sem resolver o déficit hídrico acumulado.

A tendência para os próximos meses é de temperaturas acima da média, aumentando a preocupação com novas queimadas e agravamento da seca.


Perguntas frequentes sobre a falta de chuva no Rio de Janeiro

Quais são as principais consequências da estiagem prolongada?

O aumento das queimadas, racionamento de água e impacto na agropecuária são algumas das principais consequências da seca no estado.

O que pode ser feito para reduzir os impactos da falta de chuva?

Entre as medidas estão o uso consciente da água, reflorestamento, monitoramento climático e políticas públicas para mitigar os efeitos da estiagem.

Quando a situação deve melhorar?

A previsão climática indica poucas chuvas no curto prazo, tornando essencial a adoção de estratégias para enfrentar a seca prolongada.


Fonte: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

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