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Racha evangélico: embate entre Silas Malafaia e Marcos Pereira

Racha entre evangélicos por causa de Silas Malafaia está gerando forte tensão no meio religioso e político. A ofensiva do pastor contra o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, agitou lideranças e parlamentares do segmento. Veja matéria na Folha.
O episódio provocou reações dentro e fora do Congresso, revelando um embate que vai além da opinião política e alcança a identidade do eleitorado evangélico. Confira os principais pontos e consequências desse conflito religioso-político.
Silas Malafaia enfrenta críticas após ataque a Marcos Pereira
O racha entre evangélicos por causa de Silas Malafaia cresceu após o pastor chamar Pereira de “cretino”, contestando sua posição sobre a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O vídeo gerou repercussão imediata.
Deputados e líderes evangélicos se manifestaram. Crivella e Otoni de Paula criticaram o tom agressivo de Malafaia e defenderam o histórico do Republicanos em favor da anistia. A fala foi vista como um ataque pessoal e desnecessário.
“A discussão pública, sem equilíbrio, prejudica a imagem do meio evangélico”, afirmou o apóstolo Cesar Augusto, representando o pensamento de parte das lideranças cristãs.
O mal-estar se espalhou nos bastidores, com desconfiança sobre uma possível aproximação entre Marcos Pereira e o governo Lula. Isso incomodou alas mais conservadoras e fiéis ao bolsonarismo dentro das igrejas.
Mesmo entre os que apoiam a anistia, muitos consideraram o tom de Malafaia inadequado. Para alguns, a postura agressiva ameaça o diálogo e a união entre as lideranças religiosas.
Reações do Republicanos e o desgaste da imagem evangélica
O presidente do Republicanos rebateu com dureza. Marcos Pereira acusou Silas Malafaia de “transpirar ódio” e disse que ele deveria se candidatar para opinar sobre política como um parlamentar legítimo.
Otoni de Paula também discordou do tom adotado pelo pastor, mesmo reconhecendo seu direito de crítica. Ressaltou que o ataque pessoal fere a imagem de líderes religiosos diante da sociedade e enfraquece o respeito institucional.
“É preciso maturidade e sabedoria para discordar sem partir para o ataque pessoal”, afirmou o deputado Otoni em discurso na Câmara.
Crivella defendeu que o partido apoia a anistia, mas que a entrevista de Pereira foi mal interpretada por Malafaia. Disse ainda que a pauta da anistia foi inclusive capitaneada pelo Republicanos na Câmara.
Nos bastidores, o desgaste já é sentido por parlamentares e pastores que preferem o equilíbrio ao confronto. A crise deixou claro que a união da bancada evangélica está abalada, com risco de perda de força política.
Postura agressiva de Malafaia gera desconforto entre aliados
Na quinta (20), Malafaia divulgou novo vídeo, ampliando as críticas a Pereira e Crivella. Os chamou de “baixos”, “mentirosos” e “cínicos”, e acusou o presidente do Republicanos de repetir “narrativas da esquerda”.
As declarações repercutiram negativamente. Muitos pastores e políticos consideram que Malafaia passou do limite. A falta de moderação preocupa líderes que buscam pacificação e diálogo dentro da frente evangélica.
Dicas para entender o cenário político-religioso atual:
- Observe como líderes religiosos se posicionam politicamente.
- Acompanhe as votações da bancada evangélica no Congresso.
- Evite discursos extremistas que distorcem princípios cristãos.
3 fatos para entender o racha entre Malafaia e Republicanos
19/06: Malafaia publica vídeo atacando Marcos Pereira com ofensas graves.
20/06: Pereira reage e acusa Malafaia de discurso de ódio e desequilíbrio.
Deputados e pastores defendem mais cautela e criticam o tom usado.
Malafaia, política e o risco da exposição religiosa
A atuação de Silas Malafaia ultrapassa o púlpito. Seu apoio declarado a Jair Bolsonaro e sua liderança em manifestações reforçam seu papel como influenciador político. Mas há riscos nessa exposição intensa.
Quando líderes religiosos adotam posturas agressivas, correm o risco de enfraquecer sua autoridade espiritual. Muitos fiéis preferem líderes que pregam o equilíbrio e o diálogo, em vez de confrontos públicos.
Amplie sua consciência: Questione os discursos polarizados e reflita se realmente representam os valores cristãos. A fé não deve ser usada como instrumento de confronto político.
Manter a neutralidade e a paz pode ser mais poderoso do que a gritaria. É hora de avaliar com mais profundidade quem realmente está guiando suas opiniões e sentimentos dentro e fora da igreja.
Perguntas frequentes sobre o racha entre evangélicos por causa de Silas Malafaia
O que motivou a briga entre Silas Malafaia e Marcos Pereira?
A crítica de Malafaia sobre a entrevista de Pereira, sugerindo cautela na votação da anistia dos presos do 8 de janeiro, foi o estopim do conflito.
Quais foram as consequências políticas do embate?
Houve divisão na bancada evangélica, desgaste da imagem do segmento e aumento da tensão entre lideranças religiosas e políticas.
Silas Malafaia deve entrar para a política formal?
Alguns parlamentares sugerem que sim, caso ele deseje continuar opinando sobre política de forma contundente e pública.
Fonte: Folha de S. Paulo