Revisão das Forças Especiais do Exército: Mudanças na Estrutura e Formação

Revisão das Forças Especiais do Exército: Mudanças na Estrutura e Formação

As Forças Especiais do Exército passarão por uma reestruturação significativa, conforme determinado pelo comando militar. As mudanças afetam diretamente o Comando de Operações Especiais (Copesp), unidade responsável pela formação dos chamados “kids pretos”.

A decisão surge após investigações e análises da Polícia Federal. Para entender mais sobre a relevância dessas transformações, consulte o relatório oficial do Exército Brasileiro.

Entre as mudanças, destacam-se:

  • Revisão da estrutura do Copesp e das Forças Especiais.
  • Alteração nos processos de seleção de novos integrantes.
  • Transferência do curso de operações psicológicas para outra unidade.

O que motivou as mudanças no Copesp

Os ajustes estruturais nas Forças Especiais do Exército surgem após delações e investigações que apontaram possíveis irregularidades. A participação de militares em eventos críticos recentes levantou questionamentos sobre o funcionamento da unidade.

As revelações feitas por oficiais e investigações da Polícia Federal indicaram a necessidade de reformulação, especialmente no que diz respeito à formação e conduta de integrantes do batalhão. A reformulação inclui ajustes nos cursos oferecidos e na doutrina militar aplicada aos novos oficiais.

“Se a lógica do inimigo interno for mantida, mudanças pontuais não vão adiantar”, afirmou Francisco Teixeira, professor da UFRJ.

Principais mudanças na formação dos kids pretos

A partir de 2025, o processo seletivo para as Forças Especiais não será mais conduzido pelo Copesp. Agora, o Comando Militar do Planalto e o Departamento-Geral de Pessoal do Exército assumirão essa responsabilidade. O objetivo é garantir mais transparência e controle no recrutamento.

Além disso, foi definida a retirada do curso de operações psicológicas do Copesp. Essa mudança busca reduzir a influência de grupos específicos e realocar a capacitação para um ambiente mais neutro, o Centro de Estudos de Pessoal da Força, no Rio de Janeiro.

“A nova estratégia visa aprimorar a capacidade operacional e eliminar possíveis distorções na formação”, declarou um porta-voz do Exército.

Próximos passos para a implementação das mudanças

A transição estrutural no Copesp ocorrerá em três fases fundamentais. Até março, um relatório detalhado será apresentado ao Estado-Maior do Exército. O documento servirá de base para decisões futuras sobre a estrutura da unidade.

  1. Criação de um grupo de trabalho para analisar a reformulação.
  2. Apresentação de um relatório estratégico até 28 de março.
  3. Implementação das novas diretrizes de seleção e formação.

Avaliação das mudanças por especialistas

Especialistas avaliam que as transformações são um passo positivo, mas ainda insuficiente para reformular completamente as Forças Especiais. Segundo o professor Francisco Teixeira, a presença de oficiais treinados sob antigas doutrinas pode comprometer os avanços esperados.

Outra preocupação levantada é o vínculo histórico da unidade com treinamentos externos, especialmente em instituições militares internacionais. A relação do batalhão com treinamentos nos Estados Unidos, por exemplo, levanta questões sobre a continuidade da doutrina de combate a “ameaças internas”.

Perguntas frequentes sobre a revisão do Copesp

O que motivou as mudanças no Copesp?

As investigações sobre a suposta participação de militares em tentativas de subverter a ordem institucional levaram à necessidade de revisão estrutural.

Quando as mudanças nas Forças Especiais serão implementadas?

O relatório final será entregue em março de 2025, e as alterações devem começar a ser aplicadas nos meses seguintes.

Quais serão os impactos da reestruturação?

A expectativa é que a seleção e formação dos novos integrantes sejam mais transparentes e isentas de influências políticas ou ideológicas.


Fonte: Exército Brasileiro

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