São Gonçalo sob a Lente da Incompetência: O Edital da Lei Aldir Blanc que Falhou Desastrosamente

São Gonçalo sob a Lente da Incompetência: O Edital da Lei Aldir Blanc que Falhou Desastrosamente

LEIlão Aldir Blanc

Por Marco Speziali

Na última edição do edital municipal da Lei Aldir Blanc, publicado em 3 de dezembro de 2024, mais um capítulo da novela da Secretaria de Cultura de São Gonçalo se desenrola, e é impossível não olhar com um misto de incredulidade e risos nervosos.

Os aplausos e críticas gerados pela minha última matéria sobre os erros grotescos deste órgão parecem ter encontrado uma plateia notavelmente seletiva, com 99% dos críticos relacionados diretamente à secretaria. Como é reconfortante ver a dedicação apaixonada de quem enxerga o escândalo em forma de crítica.

O Circo dos Desmandos: Um Edital de Criatividade Questionável

Dentre os muitos infortúnios que o novo edital traz, alguns se destacam como verdadeiros degraus da incompetência. Para começo de conversa, devemos celebrar a “explosão de criatividade” ao identificar que os contemplados com os maiores valores incluem empresas cujas atuações culturais são tão visíveis quanto um fantasma numa sala cheia. Para adicionar um toque extra à comemoração, encontramos empresas abertas às pressas após a publicação do edital. Um verdadeiro espírito empreendedor, não é mesmo?

E não podemos esquecer das empresas que, acreditem se quiser, não estavam ativas no momento do edital. Uma escolha peculiar de critérios – quem precisa de regulamentos quando a criatividade está em alta? Somente um grande gênio seria capaz de aprovar propostas de empresas que nem sequer entregaram a documentação na primeira fase do processo. Parabéns aos envolvidos!

Quando a Cultura é Silenciada: A Saga da Injustiça em São Gonçalo

Para aqueles que pensam que a situação não poderia ficar pior, deixem-me apresentar o lamentável caso da Folia de Reis Magos do Oriente, cuja relevância cultural foi avaliada em uma nota de zero. Isso mesmo, zero! O mestre Waldecy Marcelino, aos 91 anos, detentor do título de Mestre Nacional da Cultura Popular, por acaso não se encaixa na categoria de “cultura relevante”. Uma clara evidência de que, em São Gonçalo, a lógica e o bom senso não fazem parte do vocabulário da secretaria.

Esta situação é um lembrete irrefutável de que as ações perpetradas pela atual administração não apenas prejudicam a imagem do prefeito Nelson Ruas, mas também sufocam a pluralidade criativa e cultural da cidade. Para fechar com chave de ouro, deixaram de fora empresas regulamentadas que realmente fazem a diferença no município, favorecendo assim aqueles que operam à margem das exigências da própria lei.

São Gonçalo Clama por Justiça: Um Chamado à Valorização da Cultura Verdadeira

Que esta matéria sirva não apenas como crítica, mas como um convite à reflexão. Aos que comandam São Gonçalo, é hora de abrir os olhos – a vergonha é palpável, e aqueles que realmente trabalham pela cultura merecem ser vistos e valorizados. Afinal, a cidade não deveria ser apenas um palco para os incompetentes, mas também um espaço para o talento genuíno brilhar.


Por Marco Speziali

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