É possível transmitir HIV mesmo com carga viral indetectável?

É possível transmitir HIV mesmo com carga viral indetectável?

Transmitir HIV mesmo com carga viral indetectável é uma questão de grande preocupação, principalmente em casos de transplantes de órgãos. Segundo especialistas, o vírus, embora não detectado nos exames rotineiros, ainda pode estar presente em pequenas quantidades no corpo, representando um risco de transmissão.

O transplante de órgãos é um processo delicado e envolve muitas precauções. Mesmo que o doador tenha uma carga viral de HIV indetectável, o risco de transmissão não pode ser completamente descartado. A infectologista Keilla Freitas destaca que, apesar da alta segurança dos exames, o vírus pode se manifestar em situações específicas.

Como ocorre a transmissão de HIV em transplantes?

A transmissão de HIV por transplante de órgãos ocorre devido à natureza da infecção. Mesmo com uma carga viral indetectável, o vírus pode estar presente nos tecidos do órgão transplantado. Isso acontece porque o vírus se aloja em compartimentos do corpo que os exames tradicionais podem não detectar.

Além disso, os receptores de órgãos geralmente usam medicamentos imunossupressores, que enfraquecem o sistema imunológico. Isso pode aumentar o risco de infecções, incluindo a possível transmissão do HIV, caso o órgão esteja contaminado com o vírus.

“O Brasil realiza transplantes de órgãos com altíssima segurança, mas o risco de transmissão de HIV por via desse procedimento não pode ser totalmente descartado”, afirma Keilla Freitas, infectologista.

Riscos e precauções nos transplantes

Apesar da alta segurança dos procedimentos de transplante, alguns riscos ainda persistem. Para garantir que a transmissão do HIV não ocorra, os exames devem ser de alta precisão. Além disso, os doadores devem estar rigorosamente monitorados para doenças infecciosas.

Em casos de transplante, os testes sorológicos são aplicados tanto em doadores quanto receptores, sendo fundamentais para a prevenção de doenças. Contudo, em situações raras, como o período de janela imunológica, a infecção pode passar despercebida, levando à transmissão do vírus.

“Mesmo com carga viral indetectável, o HIV pode ser transmitido em situações como transplantes de órgãos ou transfusões de sangue”, explica a infectologista.

Como prevenir a transmissão de HIV em transplantes?

Para evitar a transmissão de HIV em transplantes, é essencial que os exames sejam feitos com precisão. Os testes sorológicos usados no Brasil conseguem detectar o vírus em um período de três a quatro semanas após a infecção. Portanto, a precisão dos exames é um fator decisivo.

Além disso, pacientes que já passaram por transplantes devem seguir rigorosamente suas orientações médicas, principalmente em relação ao uso de imunossupressores, que podem comprometer a imunidade. Isso pode aumentar o risco de infecções se não forem acompanhados de perto.

Dicas para pacientes transplantados

  • Realizar exames de acompanhamento regularmente.
  • Seguir as orientações médicas quanto ao uso de imunossupressores.
  • Manter-se informado sobre possíveis riscos de infecção.

Como ocorre a transmissão em três etapas

  1. O doador, com HIV indetectável, passa por exames de rotina.
  2. O órgão, mesmo com carga viral indetectável, pode conter o vírus.
  3. O receptor, com a imunidade comprometida, recebe o órgão e é infectado.

FAQ: Transmissão de HIV em transplantes de órgãos

É possível transmitir HIV em um transplante de órgãos?

Sim, mesmo com carga viral indetectável, o HIV pode ser transmitido por meio de transplantes de órgãos, em situações específicas.

Quais os riscos para quem recebe um transplante de órgão?

Os principais riscos envolvem infecções, incluindo HIV, principalmente devido ao uso de imunossupressores após o transplante.

Como os médicos previnem a transmissão de HIV em transplantes?

Os médicos realizam exames sorológicos precisos e monitoram rigorosamente os doadores e receptores para evitar possíveis infecções.


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