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Delegado Maurício Demétrio é demitido da Polícia Civil do Rio
O delegado Maurício Demétrio, que esteve na Polícia Civil do Rio por mais de 20 anos, foi oficialmente demitido após decreto publicado pelo governador Cláudio Castro.
O anúncio foi feito no Diário Oficial, confirmando a saída do delegado, que está preso desde junho de 2021. Ele foi acusado de liderar um esquema de cobrança de propinas na Rua Teresa, em Petrópolis. Saiba mais detalhes no portal de notícias.
Confira abaixo os principais pontos sobre o caso do delegado:
- Preso em junho de 2021 durante a Operação Carta de Corso.
- Condenado a mais de nove anos de prisão por cinco crimes.
- Acusado de ostentar uma vida de luxo incompatível com sua renda.
Esquema de propinas na Rua Teresa
Maurício Demétrio utilizava sua posição na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) para exigir propinas de lojistas. De acordo com o Ministério Público, ele manipulava operações policiais para benefício próprio, desviando a função pública para enriquecimento pessoal.
O esquema envolvia comerciantes da Rua Teresa, um importante centro comercial em Petrópolis. Os lojistas eram coagidos a pagar para evitar fiscalizações abusivas, conforme apontaram as investigações.
“Aponte-se que os crimes são gravíssimos e foram praticados justamente valendo-se da função pública que exerce”, destacou o juiz Bruno Monteiro Rulière na sentença.
Prisão e ostentação
A prisão de Demétrio ocorreu durante a Operação Carta de Corso, conduzida pelo Ministério Público. Na ocasião, foram apreendidos R$ 240 mil em dinheiro, 13 celulares, joias e carros de luxo blindados na casa do delegado. As provas coletadas incluíam registros de viagens internacionais de classe executiva e aluguel de mansões.
As investigações também apontaram que ele contratava seguranças particulares para protegê-lo durante viagens e mantinha um estilo de vida extravagante, não condizente com sua remuneração como servidor público.
“A sentença determinou que o delegado seja removido definitivamente do quadro da corporação”, enfatizou o magistrado.
Condenação e sentença
O caso foi julgado pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio. Na sentença, o juiz destacou o abuso de poder e o uso indevido da estrutura da Polícia Civil para práticas criminosas. A condenação incluiu mais de nove anos de prisão por múltiplos crimes.
Além disso, a sentença reforçou a necessidade de responsabilização exemplar, dado o impacto das ações do delegado na confiança pública na segurança do estado.
Fonte: G1 Globo