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Falta d’água no Rio de Janeiro afeta bairros após manutenção
A falta d’água no Rio de Janeiro tem causado transtornos, principalmente após uma semana de manutenção no Sistema Guandu. Segundo a concessionária Águas do Rio, bairros como Andaraí, Botafogo e Tijuca seguem com fornecimento afetado. A empresa alega que “ocorrências pontuais” têm dificultado a normalização.
Moradores enfrentam temperaturas de até 40 graus sem acesso regular à água. De acordo com o Censo 2022 do IBGE, mais de 693 mil pessoas vivem nas áreas afetadas. As principais localidades enfrentando desabastecimento são:
- Zona Norte: Andaraí, Grajaú, Maracanã
- Zona Sul: Botafogo, Flamengo
- Centro: Gamboa, Centro
- Zona Oeste: Ilha do Governador, Irajá
Problemas estruturais nas redes de distribuição
Os bairros afetados sofrem com problemas estruturais nas redes, como vazamentos em ruas importantes como a Avenida Lauro Sodré, em Botafogo. Repartos emergenciais têm sido necessários, atrasando ainda mais a solução para o desabastecimento.
“Estamos trabalhando para restabelecer o fornecimento nas áreas críticas e minimizar os impactos aos moradores,” afirmou a concessionária em nota oficial.
Além disso, a pressão pública, liderada pelo prefeito Eduardo Paes, trouxe maior visibilidade para a situação. Durante um evento no Hotel Copacabana Palace, Paes exigiu celeridade nas soluções, destacando que a empresa precisa garantir que o problema seja momentâneo e não recorrente.
Medidas emergenciais e custos adicionais
Para enfrentar a falta d’água no Rio de Janeiro, a Águas do Rio priorizou o abastecimento alternativo em hospitais e instituições essenciais. No entanto, a população tem recorrido a caminhões-pipa, com preços que chegam a R$ 1.600 por 20 mil litros, tornando o custo um desafio extra.
A Agenersa já aplicou uma multa de R$ 13,6 milhões à concessionária, além de iniciar um processo para averiguar o cumprimento dos prazos estabelecidos.
Enquanto isso, bairros como Grajaú e Vila Kennedy seguem dependentes de ações emergenciais. De acordo com a Rio + Saneamento, o fornecimento foi reduzido em outras regiões como Seropédica, afetando ainda mais a rotina dos moradores.
Perspectivas futuras para o abastecimento de água
A expectativa é que o fornecimento seja normalizado ainda hoje, mas, para garantir isso, ações coordenadas entre as concessionárias e o governo serão essenciais. O monitoramento contínuo pela Agenersa e o apoio de órgãos como o Procon Carioca têm pressionado para soluções efetivas.
Portanto, a conscientização da população sobre o uso racional de água torna-se cada vez mais necessária, principalmente diante das incertezas climáticas e estruturais. Além disso, o investimento em infraestrutura precisa ser uma prioridade para evitar futuros desabastecimentos.
Fonte: O Globo